Segundo O Globo, a dívida bilionária tão rapidamente acumulada pela Unimed FERJ já vai prejudicar os consumidores imediatamente. O problema atinge os clientes desta cooperativa, mas pode resvalar naqueles que usam o intercâmbio Unimed.
É que a Rede D’Or informou que, partir de 18 de fevereiro, os seis hospitais credenciados Unimed Ferj — Quinta D’Or, Norte D’Or, Oeste D’Or, Glória D’Or, Perinatal e o Jutta Batista — deixarão de atender usuários da operadora “por motivos administrativos”. O atendimento dos pacientes que já estavam com tratamento em andamento será mantido.
Ainda mais, circulam no mercado comunicados de que os hospitais São Lucas, em Copacabana, e Nossa Senhora do Carmo, em Campo Grande, deixariam de atender usuários da Unimed Ferj a partir de 30 de dezembro. Mas a Dasa, dona das unidades, se limitou a dizer que não divulga detalhes de suas tratativas com parceiros comerciais.
A Amil, com cinco unidades credenciadas, como os hospitais Pró-Cardíaco, em Botafogo, e Pasteur, no Méier, também não comento
Entre dívidas e descredenciamentos, estão os consumidores. A carteira da Ferj passa de 509 mil vidas, sendo 131 mil contratos individuais e 378 mil coletivos.
Outro gargalo nas finanças da operadora é relativo ao pagamento dos médicos cooperados. Na semana passada, os profissionais foram informados que receberão apenas 35% dos honorários, e não há um cronograma de acerto dos meses de novembro e dezembro.
Sobre isso, a operadora afirmou que houve um “evento pontual relacionado ao fluxo de caixa de final de ano”.
Isso tudo quer dizer que a operação vai colapsar em breve.
Isso me faz questionar qual será a solução agora para o problema. No TAC da Unimed Rio com o Ministério Público e ANS, a previsão era de que a Unimed Seguradora, a Unimed Brasil e a Unimed Nacional funcionariam como garantidoras do sistema Unimed. Mas em vista da migração da carteira para a FERJ, existe alguém garantindo agora?
O pior de tudo é que, dentro do sistema Unimed, para onde se olha se vê água entrando. A Unimed Nacional tem uma situação pior que a FERJ.
Tenho dito que esse sistema é o maior desafio para 2025 e todos se limitam a fugir do enfrentamento.
Espero que a ANS e o Ministério Público convoquem todas essas cooperativas, atribuam responsabilidade solidária ao sistema e responsabilizem os diretores que praticam a gestão que redundou nos resultados atuais.
Médico cooperado, prepare-se! Você é responsável pela dívida.
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