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O ano das Unimeds no Nordeste

Dados divulgados pela agência reguladora revelam melhora de algumas Unimeds do Nordeste. Outras demonstram que não têm solução de continuidade.


Muitos já estão esperando nossos comentários sobre as Unimeds, em relação aos resultados financeiros que a ANS divulgou, do ano de 2024 completo. Então vamos a eles.


No geral, temos as seguintes Unimeds singulares atuando nas capitais do Nordeste: Sergipe (incorporou a carteira da Aracajú), Maceió, Recife, João Pessoa, Natal, Fortaleza, Teresina e Maranhão do Sul (ocupou o espaço da São Luís). Em Salvador, é a Unimed Nacional que atua.


Esse desenho é um pouco confuso porque, em que pese as singulares terem a exclusividade de atuação nas regiões, existem algumas interseções de público (como clientes de âmbito nacional e multinacional, por exemplo), que permitem outras Federações de Unimeds atuarem. Mas, como sempre, vamos nos ater às singulares de origem local.


E, para efeitos da nossa análise, vamos trazer o resultado operacional e o líquido; sendo o primeiro aquele que indica a receita das mensalidades menos o custo da operação de saúde (onde não cabe muita manobra contábil e reflete melhor a situação da operadora), enquanto o segundo contempla também os lucros financeiros das aplicações e alterações patrimoniais.


Sem mais delongas, passemos aos resultados (em milhões de reais), objetivamente:

OPERADORA

RESULTADO OPERACIONAL

RESULTADO LÍQUIDO

Unimed Sergipe

+35,8

+40,9

Unimed Maceió

-4,5

+18,8

Unimed Recife

-21,2

+202,2

Unimed João Pessoa

-6,0

+2,2

Unimed Natal

-15,1

+22,8

Unimed Fortaleza

+22,1

+57,7

Unimed Teresina

-25,1

-3,7

Unimed Maranhão do Sul

-5,2

-2,8

Unimed Nacional

-600

-500

 

O destaque mais evidente é o tamanho do “buraco” da Unimed Nacional, que levou a ANS a convocar uma reunião de urgência para entender essa piora de sempre.


Sobre a Unimed Recife, cujo discrepância entre os resultados chama muita atenção, escrevemos detalhadamente em artigo próprio, ao qual recomendamos a leitura.


O racional que utilizamos para Recife serve para todas as demais. A contabilidade das operadoras tem sido bastante criativa nas manobras e consegue criar uma fumaça para esconder os resultados reais. Por isso, temos insistido em focar no resultado operacional.


Merece ainda menção as Unimeds Teresina e Maranhão, cujas operações estão negativas - quer dizer, elas não conseguem equilibrar as atividades propriamente de planos de saúde – e, nestes dois casos, nem mesmo as receitas financeiras das suas aplicações ou do seus patrimônios são suficientes para suprir o prejuízo. Preocupante!

 
 
 

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