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Golden Cross: continua o sofrimento dos consumidores

  • há 3 dias
  • 2 min de leitura

A decretação do fim da operadora deixa clientes sem saber o que fazer


A Golden Cross dominou o mercado de seguros em saúde nos anos de 1980 a 1990. Todavia, desde a estabilização da inflação em 1994, a operadora teve seu negócio impactado. Isso se explica porque um dos principais ativos das seguradoras de saúde, naquela época, era o giro financeiro entre o recebimento da mensalidade e o pagamento alongado aos prestadores de serviços médicos.


Nesse cenário, após acumular uma dívida astronômica, a operadora realizou uma manobra operacional e societária, para transferir seus ativos para a VISION MED, que hoje utiliza a "marca" Golden.


Mesmo assim, em 2023, ela reportou prejuízo oficial de quase R$ 300 milhões e uma queda significativa do número de clientes.


Por entender a situação como irrecuperável, a ANS determinou o encerramento das atividades da Golden, permitindo que os consumidores portassem as carências para outro plano.


Durante toda a crise financeira, os clientes enfrentaram os problemas inerentes ao quadro, com redução de rede de atendimento, negativas indevidas, cobrança de prestadores em razão de não terem recebido da operadora... enfim, falhas cada vez mais intensas na prestação do serviço de plano de saúde.


Agora, com o encerramento das atividades e a necessidade de migrar, os novos obstáculos são desesperadores.


Segundo a coluna Veja Saúde, a Golden firmou um acordo com a Amil de compartilhamento de risco para que os usuários utilizassem a rede credenciada de hospitais, laboratórios e consultórios da parceira. Criou-se um cenário muito propício para a transferência de carteira de uma para outra. Entretanto, isso não ocorreu (de direito) porque a Amil não vai assumir os riscos do passivo da Golden. Mas, de fato, a maioria dos beneficiários está indo "por gravidade".


De toda forma, na portabilidade, é possível escolher outras alternativas, mas, como nos diz a advogada Tatiana Kota na revista referida, "ingressar em um plano de saúde com doença preexistente, idade avançada ou deficiência é um desafio".


Obviamente, numa situação penosa como esteve a Golden há tanto tempo, a maioria de clientes que ainda está lá só não migrou porque não conseguiu - exatamente por se enquadrar nessas dificuldades relatadas pela advogada.


E assim continuam sofrendo, sem saber o que fazer.


Ajuda aí ANS.



 
 
 

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