top of page

You, Sim e All Saúde: três "voos de galinha"

  • há 2 dias
  • 2 min de leitura

Planos decolam com expectativa de sucesso e fecham as portas num ciclo bem curto


Recentemente tivemos o encerramentos das atividades da imponente marca Golden Cross. Isso nos remete a outras operadoras que tiveram suas atividades encerradas, só que prematuramente, por insolvência, valendo destacar algumas que geraram grandes expectativas nos consumidores, mas o voo foi breve.


Empresas como You Saúde, Saúde Sim e All Saúde prometeram, prometeram, mas logo depois deixaram clientes sem cobertura assistencial, causando insegurança no mercado.


A Agência Reguladora (ANS) diz atuar para mitigar os impactos, mas os desafios persistem. Talvez as providências sejam pouco eficazes ou adotadas tarde demais. É uma área da fiscalização em que temos alertado sobre a necessidade de melhorias. O setor está longe de contar com uma política eficiente de recuperação dos insolventes.


Para além de intervir nos casos de deficiências financeiras, caberiam mais iniciativas na autorização de funcionamento ou no acompanhamento de empresas com sinais de aventureiras (alto investimento em marketing, rápido crescimento de beneficiários, sem lastro de sustentação claro)? Essa é a pergunta do milhão!


Hoje, as experiências vivenciadas não podem ser ignoradas.


A You Saúde, por exemplo, teve sua operação descontinuada em abril de 2025, conforme a Resolução Operacional ANS nº 2.989. A decisão ocorreu devido a anormalidades financeiras e administrativas que comprometiam o atendimento aos beneficiários.


A Saúde Sim, com sede no Distrito Federal, teve sua falência decretada pelo Tribunal de Justiça do DF, em abril de 2025 - fato incomum, em vista de que as operadoras de saúde não se submetem à falência, segundo a lei que rege suas atividades. A decisão impactou diretamente milhares de beneficiários, que passaram a enfrentar um cenário de insegurança e desamparo.


No mesmo caminho andou a All Saúde, que atendia mais de 35 mil usuários, em sua maioria idosos, e encerrou suas atividades abruptamente. Os clientes foram surpreendidos ao procurarem a sede da operadora e serem informados de que a empresa não existia mais.


Segundo analistas, os fatores que contribuíram para o insucesso dessas operadoras são:


  • Aumento na proporção de recebíveis de curto prazo, indicando possíveis problemas financeiros ou inconsistências contábeis.

  • Margem operacional negativa, refletindo desempenho insatisfatório na operação de planos e serviços médicos.

  • Elevada alavancagem e baixo capital próprio, aumentando o risco de insolvência.


Por fim, a onda de insolvências no setor de planos de saúde evidencia a necessidade de uma gestão mais eficiente e transparente por parte das operadoras e olhar mais atento por parte das autoridades competentes.


Como vimos escrevendo em outros artigos, a portabilidade ganha cada vez mais importância nesse cenário.

 
 
 

Comments


bottom of page