Lucro dos planos de saúde em 2025
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ANS divulga dados econômico-financeiros relativos ao 1° trimestre de 2025
As informações contábeis enviadas pelas operadoras de planos de saúde e pelas administradoras de benefícios à ANS demonstram que o setor registrou, no 1° trimestre de 2025, lucro líquido de R$ 7,1 bilhões (aumento de 114% em relação ao mesmo período do ano anterior). Esse resultado equivale a aproximadamente 7,7% da receita total do período, que foi aproximadamente R$ 92,9 bilhões. Ou seja, para cada R$ 100,00 de receitas, o setor auferiu cerca de R$ 7,70 de lucro ou sobra.
Também de acordo com as informações recebidas, 78,3% das operadoras reguladas pela ANS (606 no total) terminaram o 1º trimestre com resultado líquido positivo informado (3,3 pontos percentuais acima do mesmo período do ano anterior).
O resultado operacional – ligado às suas atividades diretas – teve saldo positivo de R$ 4,4 bilhões na diferença entre as receitas e despesas diretamente relacionadas às operações de assistência à saúde, maior patamar da série histórica. Esse crescimento do resultado operacional se deu de forma expressiva nas cooperativas médicas, medicinas de grupo e seguradoras especializadas em saúde. As autogestões foram a única modalidade que apresentou prejuízo operacional: quase 0,5 bilhão (55% a mais que no mesmo período do ano anterior).
A remuneração das aplicações financeiras acumuladas pelas operadoras médico-hospitalares, que totalizaram R$ 128 bilhões no final de março de 2025, continua a contribuir fortemente com a composição do seu resultado líquido total. Num cenário de crescimento da taxa de juros básica da economia, o agregado do resultado financeiro foi positivo em R$ 3,6 bilhões no 1° trimestre de 2025, aumento de 58,6% em relação ao mesmo período do ano anterior - recorde da série histórica.
A sinistralidade, principal indicador que explica o desempenho operacional nas operadoras médico-hospitalares, registrou, somente no 1° trimestre de 2025, o índice de 79,2% (3,3 pontos percentuais abaixo do apurado no ano anterior), conforme gráfico a seguir, o que indica que em torno de 79,2% das receitas advindas das mensalidades são utilizadas com as despesas assistenciais. Esta é a menor sinistralidade registrada em um 1° trimestre na série histórica iniciada em 2018.
Entenda os conceitos:
Resultado operacional: é a diferença entre as receitas e despesas da operação de saúde (receita das contraprestações/mensalidades e outras receitas operacionais deduzidas as despesas assistenciais, administrativas, de comercialização e outras despesas operacionais).
Resultado financeiro: é a diferença entre as receitas e despesas financeiras.
Resultado líquido: é a soma dos resultados operacional, financeiro e patrimonial, acrescidos do efeito de impostos e participações.
Sinistralidade: de forma geral, representa o percentual das receitas assistenciais (advindas das contraprestações/mensalidades) que são utilizadas com o pagamento de despesas assistenciais.
As informações são da assessoria de comunicação da ANS.
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