Crise no plano de saúde dos Correios
- elano53
- 6 de abr.
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De tempos em tempos a gestão dos benefícios dos Correios enfrenta dificuldades.
Em 2014 explodiu uma crise no Postalis, plano de previdência dos Correios. A entidade, que possuía 115.000 assistidos, suspendeu o pagamento de uma reserva técnica e isso desequilibrou suas contas. Assistimos repercussões do assunto em 2017, com a intervenção da PREVIC, instaurada exatamente por defeitos na contabilidade.
Na época, o Ministério Público Federal acusou oito pessoas de cometer fraudes que, entre 2006 e 2011, geraram prejuízos de 140 milhões de dólares. O fundo tinha até o fim de julho de 2017 um patrimônio de 10,2 bilhões de reais.
A intervenção durou até dezembro de 2019. A instabilidade atingiu os planos de saúde dos Correios e houve intensa discussão sobre a necessidade de privatização da assistência.
Eis que, agora, uma nova crise ocupa as manchetes do país. Os Correios não fazem repasses para o custeio do Postal Saúde, desde novembro do ano passado, deixando um rombo de 400 milhões de reais na operadora de autogestão em saúde, que depende da estatal para pagar os contratos.
Vários prestadores da rede credenciada comunicaram à empresa a suspensão unilateral do atendimento aos beneficiários dos planos de saúde dos Correios, entre eles Rede D’Or, Unimed, Dasa, grupo Kora e Beneficência Portuguesa.
Além disso, sem pagamento, um grupo de transportadoras terceirizadas anunciou, nos últimos dias, a suspensão unilateral do transporte de cargas em várias regiões do país.
Para a entidade, a crise financeira resulta da “nomeação de lideranças despreparadas, pautadas por critérios políticos e partidários em detrimento da qualificação técnica”. O atual presidente dos Correios é Fabiano Silva dos Santos, indicado a Lula pelo Grupo Prerrogativas.
“A empresa, que já foi um dos maiores patrimônios logísticos do país, hoje se encontra em uma situação crítica”, diz a Adcap – Associação dos funcionários.
Acrescenta que, “enquanto a administração insiste no discurso de modernização e novas iniciativas, a realidade aponta para uma gestão incapaz de assegurar o pagamento de fornecedores, cumprir compromissos de investimento e, mais preocupante, garantir os salários dos trabalhadores nos próximos meses”.
Com informações do Radar, da Veja.
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