
A Unimed Nacional é a operadora do Sistema Unimed que atua em todo o país, reunindo como sócias as mais diversas Unimeds singulares regionais.
Enfrentando crise financeira gravíssima, a cooperativa foi instada pela ANS a dar uma solução ao problema, ou sofreria intervenção do regulador.
Daí, a Agência foi indagada se concordaria em autorizar a liberação de 10% dos ativos financeiros de todas as sócias singulares, de forma a que elas pudessem “emprestar” esse valor para a Nacional. A resposta parece ter sido positiva.
Fontes dizem que a ANS deixou bem claro o seguinte: a iniciativa deverá ser aprovada em assembleia (ou seja, a providência é de responsabilidade dos cooperados - não haverá determinação do regulador, pois não existe lei que assim imponha) e os valores terão que ser repostos em 60 meses. Ou seja, se em 5 anos a Unimed Nacional não resolver seu problema, as sua sócias arcarão definitivamente com o restante da dívida.
O recado é no sentido de que as singulares devem começar a se comportar como sistema, verdadeiramente um conjunto de cooperativas.
Por outro lado, o Portal JS vem indagando se as sócias, que também já estão em situação crítica, terão condições de bancar a mãe. Por exemplo: Unimed Rio e Unimed Ferj fazem parte da Nacional. Unimed Natal e Unimed Recife também.
Ora, se essas singulares não estão sendo capazes sequer de se manter, como vão realizar aporte numa outra instituição?
De toda forma, a única solução para o sistema realmente é se comportar como sistema. Serão eleitos novos gestores nacionais e, a partir de então, eles terão 5 anos para reorganizar as cooperativas, convencer as singulares que elas são uma engrenagem do todo e vencer os tantos desafios desse necessário turn around.
No entanto, parece ser difícil apostar na teoria de que os Presidentes vão renunciar aos seus reinos e, mais ainda, que as cooperativas saudáveis toparão sustentar as décadas de incompetência de outras.
Mas vamos esperar para ver. Não tem outro jeito.
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