Unimed cobra médica por rateio dos prejuízos

A Unimed Cuiabá está cobrando o valor de R$ 311.892,83 da médica Micaela Jiovana Delgadillo Vargas. Por enquanto, a dívida foi suspensa pelo juiz Diogo Negrisoli Oliveira, da 2ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária de Mato Grosso.

O magistrado considerou que a Unimed Cuiabá efetuou cobranças expressivas da médica sem transparência contábil.

O advogado da médica alegou que, após a retirada do quadro de cooperados da Unimed Cuiabá, a médica foi surpreendida com “cobranças indevidas referentes a supostos prejuízos da cooperativa, sem critérios claros de rateio e sem comprovação contábil adequada”. Ele argumentou que as cobranças violam a legislação aplicável às cooperativas, os princípios da boa-fé objetiva e da transparência, além de configurar abuso de direito. 

Segundo ele, “a médica já havia quitado integralmente valores anteriormente exigidos e ela não pode ser responsabilizada por supostos prejuízos apurados após seu desligamento”.

A Justiça Estadual tem tido outro entendimento. Ações similares em trâmite na 7ª Vara Cível de Cuiabá não têm obtido o mesmo resultado. Lá o juiz vem negando os pedidos de cooperados para abstenção e suspensão de cobranças.

Nota do Portal JS: Devemos esperar mais um pouco o julgamento definitivo das ações. Ao nosso ver, não é simples a análise da responsabiildade da cooperada. Depende de transparência sim, do resultado contábil consolidado, do reconhecimento de fraude dos ex-gestores. Mas após tudo isso, quanto ainda fica a conta? E se as medidas de reponsabilização dos ex-gestores terminarem improcedentes? E se os gestores nao tiverem dinheiro para ressarcir a cooperativa e a sociedade?

As informações são da Ponto na Curva.