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O sistema Sicredi/Unicred está ameaçado?

  • 11 de fev.
  • 2 min de leitura

Todo mundo de olho no dinheiro dos médicos.


A Unicred foi criada para ser uma instituição que zelaria pelas melhores condições de serviços financeiros para o médico. Esteve muito tempo umbilicalmente ligada ao sistema Unimed, mas depois a maioria reformou seus estatutos e passou a aceitar o público em geral; não apenas médicos.


Já a Sicredi, anuncia ter sido a primeira instituição financeira da modalidade de cooperativa, no Brasil. Em determinado momento da história, elas se cruzaram, tendo a Sicredi absorvido várias das Unicreds pelo país. Até pensei que não existisse mais a Unicred do Brasil, mas ela está firme ainda - confira.


Bem, apesar do assunto cooperativa de crédito ser algo ainda pouco explorado pelo grande público, fato é que o movimento nasceu no Brasil a reboque do sistema Unimed e muitos até acham que essas instituições pertencem a cooperativa médica.


Tais cooperativas de crédito têm sido parceiras históricas dos médicos cooperados, oferecendo taxas atrativas. Também contribuíram relevantemente na alavancagem das próprias Unimeds, enquanto operadoras de saúde que precisavam de recursos.


Todavia, essa carteira de clientes parece que ficou interessante demais e chamou a atenção de outros players.


Semana passada, vi que a Unimed Fortaleza está operando uma fintech, "com o foco em em antecipação de crédito para médicos cooperados e fornecedores".


Aqui, enxergo o criador abandonando a criatura e lhe tomando o substrato.


Já hoje, recebo a notícia de que a fintech Caveo arrecadou R$ 20 milhões em uma rodada de captação junto a investidores, visando oferecer soluções financeiras para médicos também.


A Caveo planeja triplicar sua base de clientes e transacionar R$ 1,5 bilhão até o final de 2025, com uma conta digital própria, integrando serviços bancários e contábeis para facilitar a gestão financeira dos médicos.


A fintech acompanha os profissionais desde a faculdade até a vida profissional. Em 2023, captou 8% dos formandos de medicina no Brasil, número que subiu para quase 20% em 2024. A meta para 2025 é alcançar até 50% dos recém-formados.


O valor captado será usado para desenvolver novas soluções financeiras, expandir a equipe de tecnologia e aprimorar a inteligência artificial aplicada à gestão financeira dos médicos. A fintech também pretende ampliar sua infraestrutura para oferecer crédito e seguros.


A rodada de investimento contou com a participação de investidores renomados, incluindo Fleury, Sabin e Bradesco Seguros, além de fundos ligados aos fundadores de iFood, Gympass e Brex. Muita gente graúda de olho nos serviços financeiros a serem prestados para médicos.


Parece que esse mercado vai ficar mais dividido, ou pelo menos mais disputado. A Sicredi e a Unicred, que nadaram nesse mar tanto tempo sozinhas, vão ter que enfrentar tubarões.

 
 
 

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