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O poder da distorção

  • 7 de jun.
  • 3 min de leitura

Numa época de muita informação acessível, pessoas se valem da condição de socialmente protegidas para alterar verdades e atingir seus próprios objetivos distorcidos.


Alguém aí já falou ou escreveu algo, com as melhores das intenções, e isso foi distorcido, ao ponto de você ser cancelado?


Nós do Portal JS, todo dia, trazemos para o leitor a verdade, em ângulos diferentes, para que se possa compreender com mais clareza as nuances do setor de saúde. Nem sempre é fácil ao advogado entender a medicina, ao médico distinguir as relações jurídicas e, pior ainda, ao consumidor compreender o que se passa no setor.


Já há 2 anos, decidimos mostrar aqui verdades que os gestores das Unimeds não mostram. Ultimamente, temos nos dedicado à queda de qualidade do plano de saúde Bradesco, sem deixar de olhar para a nova direção da Amil.


O regulador também não fica ileso. Semana passada desmascaramos a tentativa de transferir a responsabilidade da criação do plano só de consultas e exames para o STJ.


Temos tentado defender a clareza dos acontecimentos na saúde, para a sociedade em geral.


Mas sabem o que é decepcionante? A maior barreira na comunicação? É a distorção.


Estamos rodeados por pessoas boas, ruins e as que gostam de distorcer. São categorias diferentes, em que os que distorcem estão muito - muito, mas muito mesmo - abaixo das ruins. São indivíduos que transformam coisas boas em sentimentos péssimos. Isso é o pior de um ser humano. Coisas boas acontecem e ruins também. Mas transformar coisa boa em ruim?


Ainda mais, entristece ver gente infiltrada em categorias sociais que merecem proteção, seja pelo gênero, raça ou origem, valendo-se dessa condição para atacar pessoas de bem.


Indivíduos com discernimento, altivos, autoridades públicas, professores, mestrandos, com muita bagagem... elas discutem, alimentam a escalada do debate até, de repente, dizer: você está querendo me submeter, só porque sou do gênero X, ou da raça Y, ou sou de origem Z.


Temos visto advogados e terapeutas de atípicos utilizarem a bandeira social para fraudar o setor de planos de saúde e o SUS. As mães das crianças, muito engajadas, não aceitam isso que dizemos, e nos criticam bastante. Não enxergam que estamos simplesmente tentando identificar esses componentes do mal, para que as autoridades o expurguem e os pacientes tenham um atendimento justo.


Já comentamos sobre a indústria de produtos e medicamentos se valendo dos pacientes para pressionar por mais receitas.


Ainda mais, assistimos a um advogado ser crucificado porque promove cursos para o setor de saúde. O argumento, distorcido, era de que ele agia de forma antiética, estimulando a judicialização. Como se a culpa pela quantidade de processos do setor não fosse da conduta das empresas de saúde.


No mundo da informação rápida das redes sociais, com tanta distorção a ser combatida, a decepção é tão grande com essa parte suja da sociedade que dá vontade de desistir de escrever e também de lutar aqui no Portal JS. Mas aí vem o pensamento: vai ficar ainda pior para as próximas gerações - e temos filhos e netos.


Complicado nominar, explicar melhor, combater diretamente esses infiltrados. Obviamente eles se vitimizam e, sendo poderosos agentes de formação de opinião, têm imensa capacidade de jogar o mundo contra você. Mas não nos esconderemos.


De toda forma, a questão que fica é a seguinte: o fato de alguém ser mulher, negro, paciente crônico, autista, confere certificado de credibilidade e verdade absoluta a tudo que essas pessoas dizem e escrevem? Uma mulher pode xingar um homem e, se ouvir um igual xingamento de volta, isso constituirá um crime de gênero?


O voto do Ministro André Mendonça na regulação da internet desperta todas essas questões.


A saúde é um terreno muito fértil para vitimismos. Precisaremos estar muito mais atentos para separar o joio do trigo. Tem plano que maltrata o paciente e tem paciente que, mesmo bem tratado, associa-se a profissionais do direito e da medicina para passar a perna no plano. Igualmente os médicos.


Por que estamos publicando isso? Porque a verdade não tem cara, não tem gênero, não tem raça. E a sociedade tá desaprendendo a reconhecê-la e interpretá-la. Precisamos voltar para o trilho - a começar por aqueles que estão na faculdade, que representam a geração vindoura.


Conte com o Portal JS para isso.

 
 
 

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