O medicamento de R$ 17 milhões
- 18 de mar.
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Justiça bloqueia conta da Bradesco para comprar injeção avaliada em R$ 17 milhões
A Justiça de São Paulo bloqueou R$ 33 milhões do Bradesco Saúde para custear o tratamento de uma criança de 7 anos, portadora de distrofia muscular de Duchenne. A decisão foi proferida em 11 de fevereiro, e o plano de saúde poderá recorrer.
A medicação para esta síndrome rara custa em torno de R$ 17 milhões - ao final do tratamento, o valor excedente deverá ser devolvido ao Bradesco Saúde.
O plano havia se recusado a fornecer o remédio Elevidys, injeção em dose única e que age como terapia genética, sob o argumento de que a medicação não fazia parte do rol da ANS (Agência Nacional de Saúde) e apresentava custo excessivamente elevado.
A decisão poderá abrir precedentes para pacientes que necessitam do Elevidys.
Viviane Guimarães, advogada do paciente, afirmou que planos de saúde não podem negar cobertura a tratamentos considerados essenciais para a sobrevivência e qualidade de vida.“Essa sentença inaugura um novo entendimento sobre a responsabilidade dos planos de saúde e pode beneficiar outros pacientes em situações semelhantes”, diz Viviane.
Em nota, o Bradesco Saúde diz que “não comenta casos levados ao Judiciário”.
Nota do Portal JS: a pergunta difícil sobre o tema é "e se fosse seu filho"? Mas a pergunta que também achamos importante seria "como pode haver um medicamento com esse preço?" ou "será que o medicamento realmente possui eficácia substancial?". Vamos estudar, porque não existe sistema de saúde que se equilibre desta forma.
Fonte: Folha de São Paulo
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