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O dream team que vai salvar a Unimed. Será mesmo?

  • 15 de fev.
  • 3 min de leitura
The dream team
The dream team

Ao invés de uma nomeação técnica, caciques preferem acomodar seus apadrinhados


Para entender, de forma completa, os motivos que estão levando o Sistema Unimed à insolvência teríamos que escrever muito. Necessariamente haveríamos de passear pela sua longa história, desde antes da regulação, da governança corporativa... desde uma época em que qualquer médico conseguia dirigir uma cooperativa. Não vamos conseguir tudo isso hoje, aqui.


Então pretendemos, pelo menos, dar um belo exemplo de como terminar de falir uma grande Unimed.


Há poucos dias, o Portal JS replicou uma denúncia anônima recebida, dando conta do conchavo entre caciques da Unimed para acomodar o presidente da Unimed Natal, de maneira a que ele largue o osso da cooperativa potiguar.


Como a denúncia era anônima, de um funcionário da operadora que não podia aparecer, os agentes do Portal se dedicaram a investigar mais. E boom: eis que conseguimos a composição completa da próxima diretoria executiva que vai comandar o maior problema, de todos os tempos, de todas as Unimeds.


Segundo fonte que também pediu reservas (veja o quanto as pessoas temem a Unimed), já está combinado, na alta cúpula do Sistema, quem assumirá a próxima gestão da Unimed Nacional:


Presidente: Luis Otávio (atual Presidente da Federação Unimed MG)

Fernando Pinto (Unimed Natal)

Paulo Webster (Unimed Federação/RS)

Marcelo Couto (Unimed Sul Mineira)


Se você conseguiu ler até aqui, já deve estar reclamando: o Portal JS virou revista de fofoca? Mas calma. Não é isso não. Vamos lá agora aos fatos que interessam.


Para quem não lembra, a Unimed Nacional é aquela mesma que ostenta uma dívida bilionária e determinou que suas coirmãs, mesmo as mais pobres e em condição de insolvência, realizem um aporte astronômico para tentar salvá-la.


Então, dada a importância da missão de recuperar a Nacional, vamos analisar de onde vem, um a um, os diretores já escalados para compor esse time dos sonhos.


O Dr. Luis Otávio, que será o presidente executivo, hoje comanda uma Unimed que nem operadora é. A Federação MG não possui registro na ANS e congrega algumas cooperativas do interior de Minas, valendo a ressalva que a mais poderosa de lá (Unimed BH) não está entre elas.


Quanto ao Dr. Fernando Pinto, acho que dispensa repetir a tragédia financeira em que se encontra a sua Unimed Natal. Melhor remeter para o que já escrevemos.


O Dr. Paulo Webster é até um nome mais afamado no setor. Bem experiente. Todavia, vamos analisar os números da Federação RS, operadora que ele administra atualmente:


 

Nada bom!


Por último, o Dr. Marcelo Couto é presidente da Unimed Pouso Alegre, do Sul de Minas. Os números dele lá são bons, liderando 97 mil vidas. No papel, parece ser o gestor que se salva nesse conchavo. Mas será que dá conta de comandar uma estrutura pré-falimentar que reúne hoje 2 milhões de clientes, que é a Unimed Nacional?


A principal pergunta que nos assusta é: qual a experiência desses quatro médicos com gestão de crises? E se tiveram, qual deles já recuperou uma operação do tamanho da Unimed Central?


A resposta eu mesmo dou: nenhum deles.


A escolha de gestores dentro da Unimed sempre foi - ainda é e dificilmente deixará de ser - eminentemente política! Esse é um dos principais fatores do tremendo fracasso do Sistema.


O Portal JS anunciou isso claramente, dando conta de que existem médicos que exercem o cargo de diretor há mais de 30 anos seguidos nessas cooperativas; mesmo com resultados muito ruins, como é o caso da Unimed Recife.


E por que não muda? Porque está bom demais para eles, médicos diretores.


No exemplo de Natal, notemos que, quando o Sistema precisa substituir um médico que está desgastado, que precisa “largar o osso”, ele “cai pra cima”. Oferecem, como prêmio de consolação, um cargo maior.


Enfim, senhoras e senhores, para a conformação dos imperadores, escalam alguns diretores sem o menor preparo técnico para missões tão valiosas para o Sistema, como o de recuperar a Unimed Nacional.


Estamos falando de quase 2 milhões de vidas. De uma dívida de mais de 2 bilhões de reais. E de um aporte bilionário que, se não for bem gerido e proporcionar a recuperação dessa operadora, vai derrubar o dominó inteiro.


E o dream team é esse aí? A equipe que vai salvar o mundo, composta com o Presidente da Unimed Natal? Mesmo tendo enterrado a cooperativa, com um rastro de cabide de empregos para péssimos profissionais? Escolhas ruins...


Só faltou a Presidente da Unimed Recife, talvez algum diretor da Unimed Rio, alguém da Unimed Norte-Nordeste e mais uns nomes da Unimed Paulistana também. Aí seria realmente o time dos sonhos.


Boa sorte, cliente Unimed.

 
 
 

1 commentaire


Membre inconnu
16 févr.

Quantos grupos além desta Unimed Nacional que tem 2,1 milhões de vidas e 300 associadas ou média de 7.000 por Unimed.Em que grupo está a Unimed de Belo Horizonte . Enfim quantos grandes agrupamentos existem?Todas as Unimeds têm 7 diretores,conselho técnico e mandam mais 2 ou 3 para capital. Oque fazem os da capital além de se alternarem na presidência da Estadual.Ha uns15 anos fiquei em um bom hotel em Curitiba e tinha um povão de várias cidades que moravam lá pela Unimed

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