Já temos reajustes menores nos planos de saúde
- 2 de mai.
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Operadoras como Hapvida, SulAmérica e Amil anunciam reajustes menores para planos empresariais de até 30 vidas, refletindo normalização dos custos médicos
As principais operadoras de planos de saúde no Brasil anunciaram os reajustes que serão aplicados aos contratos de pequenas e médias empresas (PMEs) com até 30 beneficiários, no ciclo de maio de de 2025 a abril de 2026.
Segundo a Exame, citando análise do BTG Pactual, houve uma desaceleração relevante nos aumentos de preços, refletindo a normalização das despesas médicas no setor.
Os aumentos médios caíram cerca de 3 a 4 pontos percentuais em relação ao ciclo anterior.
Os reajustes informados foram:
• Hapvida: 11,5% (vs. 16,0% no ciclo anterior)
• GNDI (NotreDame Intermédica): 15,2% (vs. 19,2%)
• SulAmérica: 15,23% (vs. 19,67%)
• Bradesco Saúde: 15,11% (vs. 20,96%)
• Amil: 15,98% (vs. 21,98%)
• Unimed BH: 6,91% (vs. 9,63%)
• CNU foi exceção: 19,5% (alta ante os 18% anteriores)
Os reajustes para PMEs são definidos por cada operadora com base no histórico de sinistralidade e não pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), como ocorre nos planos individuais.
Desde 2022, todos os contratos com até 30 vidas são tratados como um único agrupamento de risco, o que elimina a segmentação e confere mais previsibilidade às operadoras.
Os contratos de PMEs representam cerca de 15% do total de beneficiários no mercado de saúde suplementar e 18% da base da Hapvida.
Apesar da desaceleração, no entanto, o BTG lembra que o setor enfrenta uma escalada nas ações judiciais, o que pode pressionar custos e levar a novos aumentos futuros, da ordem de 1 a 2 p.p. nos próximos ciclos.
Olhando exatamente para o que pode impactar nos reajustes, a Coluna Radar, da Veja, alerta que a maioria das solicitações realizadas para autorização das operadoras foram julgadas não pertinentes, com risco de sobrecarga dos negócios.
Analisando estatísticas fornecida pela Sami Saúde, do último semestre, 6 em cada 10 solicitações não apresentavam pertinência médica.
Entre os pedidos mais recorrentes sem justificativa clínica adequada, estão aplicações de ácido hialurônico na ortopedia, cirurgias de coluna e bucomaxilofaciais — todos com alto custo para as operadoras. Isso pode afetar sobremaneira os reajustes.
Opinião do Portal JS: para Elano Figueiredo, "após os resultados positivos de 2024, as operadoras estão comprometidas em divulgar alertas que justifiquem os reajustes 2025 para o consumidor. Quer dizer, como o sentimento é de que os planos de saúde lucraram muito, o cliente está aguardando um reajuste baixo e, para não frustrar essa expectativa, chovem notícias de fraudes, abusos, prejuízos judiciais, capazes de comprometer o resultado de 2024 e ensejar reajustes maiores".
Em conclusão objetiva: contra números, não há argumentos. Essa fumaça toda não faz sentido e ainda bem que as empresas mais prudentes realmente já estão aplicando, na prática, o que os resultados positivos dizem para a sociedade.
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