Por Juliana Albuquerque - Repórter do Justiça e Saúde
A segunda edição do Balanço Observatório da Saúde Suplementar, divulgado recentemente pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), expôs uma realidade que merece destaque. O crescimento no número da contratação de planos empresariais na modalidade de coparticipação em relação ao período pré-pandemia.
De acordo com o levantamento, enquanto em 2019, representava 48,49% dos contratos empresariais, dados compilados até o primeiro trimestre deste ano, ela representa 53,57%, alta de 5,8%.
Além desse crescimento, o estudo apontou que nas regiões onde há mais esse tipo de contrato, o valor do reajuste anual é menor. Para se ter uma ideia, a região Sudeste, que concentra o maior número de vidas, com 31,9 milhões de usuários, computou o maior reajuste regional, com média de 20,05% no primeiro trimestre. Já na Sul, a segunda maior em número de usuários, com pouco mais de 7 milhões de vidas, o menor reajuste, com média de 16%.
A diferença dos reajustes entre as regiões, segundo indica o estudo, está diretamente associada aos planos empresariais com coparticipação, uma vez que na Sudeste, 57,76% dos contratos são nessa modalidade, e na Sul, 82,92%.
Ou seja, na região onde é maior a modalidade na qual além da mensalidade do plano, o usuário paga uma parte da despesa da operadora pelo atendimento prestado, há uma menor sinistralidade, o que impacta diretamente no reajuste anual. "Os números não deixam dúvidas. A coparticipação é uma ferramenta indispensável para tornar o consumidor parceiro na utilização racional da assistência", avalia o advogado e especialista em sistemas de saúde Elano Figueiredo.
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